Não é apenas ter a licença, é mais que isso - é
como você se sente em relação ao radio e como você lida com esses
sentimentos. Conseguir a licença não é o fim do caminho. Para um
radioamador de verdade, é apenas o inicio da aventura.
Ser um radioamador de verdade significa ter todo
um amor pelo radio e pelo que pode ser executado com o radio para beneficiar
outras pessoas. Significa estar disposto a apreciar a mágica de um radinho de
galena e a maravilha da tecnologia avançada igualmente e ao mesmo tempo.
Significa trabalhar com outras pessoas que compartilham seu amor pelo radio
para fazer um serviço ou alcançar um objetivo.
Se eles não se sentem dessa forma em relação ao
radio, porque alguém se importaria em conseguir uma licença de amador hoje? Em
um passado não tão distante, algumas pessoas se tornaram radioamadores
simplesmente para usar o radio como um serviço de comunicação pessoal. É fácil
se esquecer que telefones celulares são um fenômeno relativamente recente, e
que antigamente, autopatches na repetidora forneciam serviço que era mais
barato e melhor do que muitos que eram disponíveis comercialmente. Não foi há
muito tempo atrás que "QSO com trafego telefônico" era ouvido normalmente
nas bandas de HF porque as chamadas telefônicas internacionais eram caras e
difíceis de conseguir. Agora isso tudo acabou, exceto para locais extremamente
isolados ou durante emergências. Estatísticas pré-reestruturação podem ter
mostrado um declínio na atividade de licenciamento, mas quanto desse declínio
pode ser atribuído a pessoas tendo acessos a serviços de comunicação pessoal
melhores e mais apropriados, e não ter mais que usar o radioamadorismo dessa
forma? Talvez o número de radioamadores recém-licenciados não tenha diminuído!
Qualquer pessoa que faz a prova para obter uma
licença hoje em dia é potencialmente um radioamador de verdade, ou pelo menos
merece o beneficio da duvida.
Algumas vezes para ser um radioamador de verdade,
uma licença não é necessária. Não seria alguém que amavelmente restaura um
receptor antigo um radioamador, licenciado ou não? Não deveríamos chamar como
"um de nós" qualquer pessoa que acorda ao amanhecer apenas para
escutar sinais tropicais de broadcasting aparecendo por alguns poucos minutos,
vindo do outro lado do mundo? Nós estamos interessados em obter uma alocação de
frequências baixas para experimentação em radio, mas não deveríamos dar valor e
honra ao que já é feito, sem licença, dentro das regras (NdoT: Part 15 of FCC rules)?
Se um voluntario prove radiocomunicação valiosa em uma emergência, realmente
importa em qual freqüência o radio opera ou em que serviço parece estar
licenciado?
Resumindo: não é a licença que
faz você um radioamador de verdade, mas sim o que você faz com ela!
E há muito a fazer! Muitos de nós só exploramos
um pequenino pedaço dos mundos que estão abertos a um radioamador licenciado.
Os sortudos entre nós têm guias experientes - Elmers (NdoT: Anciãos) - que
estão mais que dispostos a gastar o seu tempo nos ajudando a iniciar nossas
explorações. Talvez os próprios Elmers sejam mais sortudos ainda, porque eles
descobriram a alegria que é compartilhar a sua paixão com os outros.
No inicio da lista de coisas que podemos - e
devemos - fazer são as comunicações publicas e de emergência. Participação
regular pode não ser pra todos, mas cada radioamador deveria saber os básicos e
deveria saber como entrar no ar quando as comunicações normais são
interrompidas. Isso não é o mínimo que podemos oferecer em troca da cadeia de
privilégios que nos usufruímos?
Alem disso há toda uma gama de oportunidades para
explorar, não é possível explorar a todas. Há novos satélites para explorar,
com a jóia da coroa do esquadrão de satélites amadores, Phase 3D, aguardando para
entrar em orbita. O
ciclo solar finalmente começa a aumentar o numero de manchas solares, com
aberturas mundiais em 10
metros aparecendo a tempo para temperar a procura por
contatos com duas novas entidades DXCC.
Ao risco de ser acusado de fazer propaganda de um
produto comercial, o kit de transceptor Elecraft K2 é um dos mais positivos
desenvolvimentos em radioamadorismo nos anos recentes. O K2 responde a nossa
nostalgia pela era Heathkit, enquanto oferecendo bom desempenho e um senso de
conquista pessoal e uma comunidade de amigos construtores.
Como você vai ver no artigo de Steve Ford esse
mês (NdoT: QST maio 2000), PSK31 continua a empurrar as comunicações digitais
em HF em novas e excitantes direções. Novos recordes de microondas estão sendo
conquistados, apenas para serem quebrados. Inovadores em APRS estão encontrando
novas e intrigantes aplicações para a sua ferramenta.
Não precisa de uma floresta de antenas para
explorar qualquer um desses caminhos. Novos mundos no radioamadorismo estão ao
alcance de praticamente todos.
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